Na terra banhada pelo sol, Clodovil optou pelo branco luminoso, contraste perfeito para o tom de pele de MIRA, uma de suas modelos prediletas naquele início dos anos 80. Ela na sua tentativa de montar no burrico para não queimar os pés na escaldante areia e em fotos de Otto Stupakoff.
E o mar serenou quando ela pisou na areia... A ousadia do fio dental antes de virar moda no Brasil dos anos 80, feito com as tramas do macramê, compondo assim uma identidade indígena, consequentemente brasileira.
A mulata, seja ela Gabriela Cravo e Canela ou Tereza Batista Cansada de guerra, recebendo a repreensão do padre pela fenda profunda e embabada de sua saia.
"O canto da sereia", seria o nome ideal ao traje de gala que Mira desfila em terras bahianas. Vestido com grande decote arrematado por gola volumosa, fenda sobre tecido com bordado inglês(feito à mão) expõe as pernas da mulata cravo e canela.
Despojada como um malandro da baixa do sapateiro. Linho, tecido ideal para o calor bainhano e chapéu panamá, charuto para completar o gênero.
Bailarina do sol poente, delicada entre as camadas em tulle de sua saia. Bustier em macramê sustentando a saia volumosa num cenário onde o jangadeiro adentra o mar ao cair da tarde.
Danian.
4 comentários:
Impecável como sempre! Menino que sensibilidade! Bjo lalique!
Aprendendo muito com vc sobre a vida do Clodovil.
Bacana!!!
Bjka
Sempre gostei dele e de ver seus programas.Pouco a pouco verei mais dele aqui!beijos,chica
Por onde anda a modelo Mira?
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