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domingo, 30 de outubro de 2011

CLODOVIL E REGINA MARCONDES FERRAZ.

A BORBULHANTE, INEBRIANTE, REGINA.



Clodovil, abusado, abusando do colo de Regina Marcondes Ferraz no ano de 1981.


Na opinião de Clodovil, Regina Marcondes Ferraz mesmo sendo da classe A é mulher de classe B, não me entendam mal, o B que digo é o B de bonita, B de brasileira. Disse Clodovil certa vez:" A Regina é muito bonita! A Regina é brasileira, tem aquelas tranças e cabelos negros, é muito efervescente... Olha se a gente tivesse um bom champagne, ele teria a cara da Regina Marcondes Ferraz! Ela é luminosa. A Regina é de uma beleza irritante, meu bem. É de um sorriso!... É de uma beleza!..."


MODELO DE CLODOVIL EM HOMENAGEM A REGINA.



Modelo criado por Clodovil para seu desfile realizado no ano de 1992. Uma homenagem a sua amiga, Regina Marcondes Ferraz. Casaco em crepe negro e saia cravejada de miçangas. Trés chic como Regina.



REGINA, O TESTEMUNHO DO TALENTO DE CLODOVIL.


Ao meu ver, coube a Regina Marcondes Ferraz, o mais importante reconhecimento do talento de Clodovil e de sua importância como estilista. Regina frequentava festas em âmbito internacional, o jet-set, onde as mulheres desfilavam Givenchy, Dior, St Laurent... Regina teve a oportunidade de usar modelos de Clodovil nesses eventos exclusivos do grand monde, e segundo ela as pessoas ficavam maravilhados por suas criações. Sem desmerecer Clodovil, a meu ver o resultado desse encantamento se deve em parte as criações de clodovil, mas também ao fato de ser Regina a portá-los, resultando numa beleza maior. Os vestidos de Clodovil tornávam-se mais belos usados por Regina Marcondes Ferraz. Musa, amiga, a mulher ideal para as criações de Clodovil Hernandes.



CLODOVIL E A SUA MULHER MAIS BONITA DO BRASIL.







REGINA, NA RUA, NA CHUVA, NA FAZENDA...






Pequena aparição de Regina no clip do kid Abelha. Não preciso dizer que Regina é a sétima pessoa a aparecer no vídeo depois do Kid Abelha.





Danian.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CLODOVIL, VESTIDO DE NOIVA.


Clodovil em seu atelier no ano de 1966, já comparado a Dener, tornando-se seu rival.



Além do mesmo nome de uma peça teatral de Nelson Rodrigues, o vestido de noiva era e é considerado o mais importante vestido na vida de uma mulher. O seu atestado de virtude e pureza perante o futuro esposo e toda a sociedade. A entrada da mulher para a fase adulta e sexual de sua vida. Trajando o seu vestido de noiva, a mulher assumia perante o altar as responsabilidades de esposa e futura mãe de família. Durante anos e anos não houve sequer uma só semana em que não houvesse uma celebração matrimonial, e utilizo o termo semana ao invés de dia no meu dizer para não correr o risco de errar em minha dedução, pois não posso saber não ter havido alguém corajoso ou muito apaixonado que tenha se casado em dia de finados. E durante anos e anos, principalmene entre os anos finais da década de 60 e toda a década de 70, não houve uma semana em que uma noiva não adentrasse uma igreja portando um Clodovil para pronunciar o seu sim à instituição matrimonial, à igreja, à sociedade, à família e a sí própria. O vestido de noiva foi uma das principais fontes de renda do atelier de alta costura de Clodovil e de outros costureiros. Dependendo das exigências, tanto da noiva quanto do estilista, as vezes da mãe da noiva, o traje de noiva é o mais caro que se encomende a um atelier de alta costura durante toda a vida de uma mulher. Considerando as proporções do vestido de sonhos da noiva, as vezes bem volumoso, com fartas saias, cauda extensa e véu comprido proporcionalmente às esperanças da noiva, um vestido corresponde até mais de 50% de todo o orçamento da festa de casamento. Mas é o grande dia da noiva, seu dia de rainha, seu dia de princesa, e assim se procede o ritual até os dias de hoje. Em fins dos anos 60 Clodovil contava que muitas jovens o procuravam na época que iam se casar. Faziam o vestido e nunca mais voltavam. " Mas eu entendo disso, dizia ele, começo de vida nem sempre é fácil para se comprar coleções de costureiros". Comprovando assim ser o vestido de noiva a razão econômica da alta costura no Brasil.




Danian.

sábado, 22 de outubro de 2011

CLODOVIL, VALÉRIA VASQUES, A SUSPEITA.

Relembrando fatos da vida de Clodovil, acabei por lembrar de um acontecido na segunda metade dos anos 80. Como já havia tentado localizar, e não conseguido, alguma coisa na internet relativo ao fato, tentei a confirmação do mesmo com algumas pessoas e ninguém parece não lembrar. Mas por elas não lembrarem não significa que não tenha acontecido, o que comfirma a pouca memória desse país. Correndo o risco de parecer estar inventanto estória, eu, mesmo assim, resolvi lembrá-lo e esperando, talvez, alguém que confirme o fato.


""GANGUE DE TRAVESTÍS ROUBAM ATELIERS DE ALTA COSTURA""


Tal fato ocorreu entre os anos de 1986 a 1987 em São Paulo. Uma gangue de travestís praticou furtos em vários ateliers de alta costura, inclusive o de Clodovil, na av.Cidade Jardim. O caso rendeu matéria no Fantástico, o show da vida, onde cenas de um desfile realizado com modelos de Clodovil, José Nunes, Rui, Roberto Issa e outros, foi utilizado para ilustrar a reportagem. Esse fato ocorreu posteriormente ao falecimento de D.Isabel, mãe de Clodovil, na época tinha um programa vespertino na extinta rede Manchete, onde ele relatou o fato. Clodovil lamentou apenas de terem levado algumas peças que haviam pertencido a sua mãe, que estavam na loja e que ele queria guardar de recordação. Não me lembro do desenrolar do caso, se foram achados os responsáveis. Porém uma coisa é certa, deveria se tratar de uma gangue de deslumbradas, loucas para terem para sí a alta costura dos melhores costureiros nacionais. Sonhando com glamour é querendo alcançá-lo, e a única forma de obtê-lo seria roubando. Mas faz-se reconhecer que tinham gosto apurado na escolha do que roubar. Imagine elas depois, em algum barraco de subúrbio, numa festa privê, porque elas não poderiam sair por aí, exibindo o materia do furto e assim correndo o risco de serem identificadas, cada uma usando o fruto de seu roubo. Uma usando Roberto Issa, a outra, José Nunes. Só queria saber quem estava de Clodovil nesse evento? E todas a brindar com taças e champagne, também roubados, como se estivessem nas mais altas rodas. Talvez houvesse uma justificativa por parte delas pelos seus atos: " Se nas altas rodas eles roubam, então porque não nós?"
No entanto surgiu, agora, um personagem que toma um certo metrô, que levou-me a questionar,


TERIA SIDO A VALÉRIA VASQUES?




AQUÍ, BEM AO ESTILO DE JOHN GALLIANO,






JÁ AQUÍ, PARECE SAÍDA DO SPFW.



Alguns dirão que a valéria é recente, não poderia ter participado do roubo na época, não teria idade suficiente para isso. Mas aí eu pergunto: Quem é capaz de identificar a idade da Valéria Vasques debaixo daquela maquilagem toda? Ela tanto pode ter 20, 30, 40, ou 50 anos, como saber? Mas minhas suspeitas caem por terra justamente pelo visual dela. Ela está mais para John Galliano que Clodovil, mais parece o que se vê em desfiles do São Paulo Fashion Week. Haverá quem nege? Então concluo que seria impossível a Valéria Vasques ter sido uma das autoras dos furtos em ateliers de alta costura.





MAS BEM QUE ESSE PODERIA SER UM HIT PARA AS PASSARELAS DO SPFW. Imaginemos as manequins a desfilar ao som de "BANDIDA". Um arraso!!!






MAS NÃO HÁ COMO NEGAR O SUCESSO, é tanto que já tem até boneca da Valéria e da Janete. Ótima dica para presente nesse natal que já vem. E aí, viu como tô ficando bandida também?




Danian.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CLODOVIL E MONSIEUR GILBERT



O INSTITUTO CLODOVIL HERNANDES APRESENTA: MONSIEUR GILBERT.





RONNIE VONN FAZ UMA MELHOR INTRODUÇÃO DE MONSIEUR GILBERT.









CANTADO OUÇA DE MAYSA EM FRANCÊS.







A HISTÓRIA DE MONSIUER GILBERT. Clodovil cantava em francês e nesse video documentário há uma cena de Monsieur Gilbert no programa de Clodovil Noite De Gala.





O INSTITUTO CLODOVIL HERNANDES CONVIDA PARA A APRESENTAÇÃO DO CHANSONNIER MONSIEUR GILBERT. HOJE, QUINTA FEIRA, 20 DE OUTUBRO, AS 20:30-22:00.
NA CASA CASA CARLOS E DIVA PINHO
RUA PEREIRA GUIMARÃES, 314, PACAEMBÚ,
SÃO PAULO, SP, BRASIL.

ENTRADA FRANCA.



Danian.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CLODOVIL, A RAZÃO DO SEU SABER.




Em termos do saber Clodovil buscava sempre mais e melhores informações. Valorizava e buscava a cultura, daí a foto acima, revelando sua fonte do saber. E isso era uma parte de tudo o que passou em suas mãos pela sua vida. Sem mencionar que ele pagou por tudo isso para ter e deter o conhecimento. Enquanto muitos, mesmo tendo acesso a livros, revistas e jornais não se esforçam em ler algumas poucas palavras por dia. O que me faz lembrar de uma piadinha que o escritor Gore Vidal criou sobre o ex-presidende dos EUA, Ronald Reagan. Vidal disse que a biblioteca de Reagan pegou fogo e nada se salvou. Os dois livros ficaram carbonizados. O que mais entristeceu Reagan foi que ele ainda não tinha colorido as figuras. Aí, Gore Vidal pegou pesado.



Danian.

domingo, 16 de outubro de 2011

SECOND HAND CLÔS

BARBRA STREISAND,




Ninguém melhor que Barbra Streisand para cantar Second Hand Rose, por ter sido ela, no início de sua carreira, uma frequentadora dos thrifted stores. Sem recursos financeiros para comprar roupas novas, Barbra teve que apelar para as roupas de segunda mão. Nova York possuia lojas de segunda mão, e Barbra que já possuia um certo estilo e gosto por coisas antigas, mergulhou neles em busca de peças únicas e autênticas. E lá estava ela, uma garota judía do Brooklyn, vestida como uma flapper girl dos anos 20 na Manhattan do início dos anos 60. Quer mais autenticidade do que isso! Dessa forma Barbra já antecipava um estilo que retornaria à moda nos anos vindouros.






Father has a business
strictly second hand
Everything from toothpicks to a baby grand
Stuff in our apartment came from father's store
Even clothes I'm wearing someone wore before
It's no wonder that I feel abused
I never get a thing that ain't been used
I?m wearing second hand hats
Second hand clothes
That?s why they call me
Second hand Rose
Even our piano in the parlor
Daddy bought for ten cents on the dollar
Second hand pearls
I'm wearing second hand curls
I never get a single thing that's new
Even Jake, the plumber, he's the man I adore
He had the nerve to tell me he's been married before
Everyone knows
That I?m just
Second hand Rose
From second avenue
Fom second avenue?nue

ROSE DE SEGUNDA MÃO

Meu pai tem um negócio estritamente de segunda mão
Tem de tudo, de palitos de dente a um piano de cauda
Os objetos em nosso apartamento vieram da loja de meu pai
Até as roupas que estou usando, alguém já usou antes
Não é de se admirar que eu me sinta abusada
Nunca tive qualquer coisa que não tenha sido usada antes
Estou usando chapéus de segunda mão
Roupas de segunda mão
É por isso que me chamam de
Rose de Segunda Mão
Até nosso piano na sala de estar
Papai comprou por dez centavos de dólar
Pérolas de segunda mãoEstou usando cachos de segunda mão
Nunca tive uma única coisa que seja nova
Até Jake, o encanador, que é o homem que eu adoro
Teve a ousadia de me dizer que já foi casado antes
Todos sabem
Que eu sou só a Rose de
Segunda Mão
Da Avenida Dois
Da Avenida Dois. Nova?

SECOND HAND CLÔS
Como a moda vintage levou várias pessoas a consumir o que antes não consumia, roupas de segunda mão em bazares. E sendo os brechós, já, uma realidade no Brasil, é possível localizar alguma peça grifada por Clodovil. Tendo sido um dos maiores nomes da moda nacional por décadas e décadas, era de se esperar que peças suas acabassem, um dia, indo parar em um brechó. São vários itens em vários brechós. Vejamos o que se pode achar em alguns deles:

No Varal do Beco havia esse blazer rosa da alfaiataria Clodovil, com certeza dos anos 70:




No Closet da Mel esse conjunto em lã:



E já foi a leilão para a Vintage Childhood esse smocking "a la Marlene Dietrich":


Na Juici by Licquor, algo para a cabeça:

No Brechó Fredericus, uma calça arrojada:

Já no brechó Passado Próximo, esse colete em paêtes:




No Sociais, culturais e etc,um lindo vestidinho de criança, talvez uma daminha de honra:


Se é um óculos que você precisa, que tal esse Clodovil, aquí na Brechó Vó Judith:

Porém, anos atrás, já era possível comprar um Clodovil de segunda mão. Essa era do início dos anos 80. Uma roupa de segunda, mas com a qualidade de primeira.

E assim, qualquer um que comprar uma dessas peças assinadas por Clodovil, poderá cantar, quando estiver usando:" I'm wearing second hand Clôs, that´s why they call me second hand Clô..."


DANIAN DARE




sábado, 8 de outubro de 2011

CLODOVIL, PEOPLE



BARBRA STREISAND CANTA PEOPLE






People representa para mim um hino a humanidade, belíssima canção, ainda mais bela na voz de Barbra Streisand. Sua letra nos fala da necessidade do ser humano em sua relação ao seu próximo, relação essa tão essencial e relevante. A letra nos dá, também, a noção de nós mesmos, a extensão do outro e o vínculo visceral entre todos, porque nós todos somos PEOPLE. E como somos pessoas, nós precisamos das outras pessoas para existir, sendo essa a mensagem principal da música, PEOPLE NEED PEOPLE. Há de haver humildade para reconhecer e admitir que PEOPLE NEED PEOPLE, do mais poderoso ao mais simples, do mais rico ao mais pobre, do injusto ao justo, PEOPLE NEED PEOPLE. E o que teria Clodovil a ver com Barbra Streisand e a música People? Perguntariam os meus leitores. Só poderia responder:" Porque dentre algumas coisas, Clodovil faz parte do PLEOPE WHO NEED PEOPLE", e também...


People
People,
People who need people,
Are the luckiest people in the world
We're children, needing other children
And yet letting a grown-up pride
Hide all the need inside
Acting more like children than children
Lovers are very special people
They're the luckiest people in the world
With one person one very special person
A feeling deep in your soul
Says you were half now you're whole
No more hunger and thirst
But first be a person who needs people
People who need people
Are the luckiest people in the world
With one person one very special person
No more hunger and thirst
But first be a person who needs people
People who need people
Are the luckiest people in the world...

Pessoas
Pessoas
Pessoas que precisam de pessoas
São as pessoas mais sortudas no mundo
Somos crianças que precisam de outras crianças
No entanto, deixamos que nosso orgulho de gente grande
Esconda toda a nossa carência interior
Agindo de modo mais infantil do que as crianças
Os amantes são pessoas muito especiais
São as pessoas mais sortudas no mundo
Com uma pessoa, uma pessoa muito especial
Um sentimento profundo na sua alma
Diz que você era a metade, agora é completo
Não há mais fome e sede
Mas antes de tudo seja uma pessoa que precisa de pessoas
Pessoas que precisa de pessoas
São as pessoas mais sortudas deste mundo
Com uma pessoa, uma pessoa muito especial
Não há mais fome e sede
Mas antes de tudo seja uma pessoa que precisa de pessoas
Pessoas que precisam de pessoas
São as pessoas mais sortudas no mundo



...por que há uma relação entre um e outro numa certa história... 

CLODOVIL E A BARBRA ESTILISTA




Eu, Danian, estou criando uma conexão entre Clodovil e Barbra Streisand, por saber de vários pontos em comum entre esses dois grandes multi-talentosos artistas. Pra começar, tanto um quanto o outro não se limitaram as suas atividades principais, estenderam-se além do esperado. Clodovil, estilista-costureiro, tornou-se, algumas vezes, cantor; Barbra Streisand, atriz-cantora, criou para sí alguns modelos, revelando assim um certo talento para a moda. Ambos despotaram para o sucesso a partir do início dos anos sessenta. O modelo acima foi idealizado por Barbra para o seu primeiro especial para a televisão americana, My Name Is Barbra, de 1965. Barbra teve a colaboração do então jovem estilista, William Blass, futuramente conhecido como Bill Blass, na elaboração do vestido marinheiro azul marinho. Porém o mesmo William Blass foi convidado pela Rhodia um ano antes, juntamente com outros costureiros brasileiros, inclusive Dener, para participar de um evento de moda que percorreria alguns países pelo mundo afora. Seria uma turnê para mostrar o que era a moda brasileira. O curioso dessa história é que William Blass, sendo um americano, foi incluido, enquanto Clodovil foi mantido fora desse evento sobre a moda brasileira. Um americano divulgando a moda brasileira e sendo divulgado por ela. Pobre Clodovil!
Coisas do Brasil! Ou melhor, no Brasil!



Danian.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AS NOIVAS DO ANO DA REVOLUÇÃO

Ano de mudanças políticas no Brasil, porém na moda do vestido de noiva as mudanças eram sutís, prevalecendo o romantismo e a pureza do branco representando a virtude da virgindade da noiva, porque tanto a virgindade do noivo quanto da noiva eram patrimônios do noivo, e ele dispunha da forma que melhor lhe conviesse. No caso da noiva, sua virgindade era como se fosse um dote ao noivo. Anos 60, a modernidade atingia uma pequena parcela mundial enquanto a maioria continuava imersa na moral vigente do passado. Uns até se vestiram com o estilo da contra-cultura, mas mantinha ainda os mesmos pensamentos e comportamentos de outrora. Clodovil, buscava satisfazer o gosto tradicional de sua clientela, mas sempre acrescentava alguma modernidade em suas noivas. Suas noivas de 1964, que nessas fotos mais se parecem com espíritos materializados numa sessão mediúnica, noivas ectoplasmáticas. Talvez fossem noivas a vagar pelo espaço imaterial, a espera de subir ao altar para realizar o casamento, que a morte impediu. Eu já ouvi falar muitas vezes de noivas que morreram a caminho do altar.

























Danian.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CLODOVIL E OS TRÊS VESTIDOS...E QUE VESTIDOS

CLODOVIL E MARISA WOODWARD






Clodovil comentou, certa vez, dos efeitos terapêuticos causados por apenas usar algo de que se agrada. Chegou a citar Sofia Loren, que disse que quando deprimida, saía para comprar um chapéu. Porém Clodovil não tinha a dimensão que suas criações ligadas ao seu nome causavam em certas pessoas. O quanto ajudou as pessoas a superar e ultrapassar momentos de extremo sofrimento. Trouxe sonho em momento de morte. Trouxe brilho quando a vida se apagava. Trouxe prazer onde a dor predominava. O que para muitos se tratava de frivolidade, futilidade; no entanto, para outros, representava a valorização da beleza da criação. Aqueles que reconhecem o valor da beleza de um sorriso, da beleza uma borboleta a pairar como flor alada, da beleza de vestidos de Clodovil. Razões para se estar feliz, para se ser feliz. Como entender o efeito da beleza em nossa alma, porque representa tanto, seja ela simples como uma margarida ou exótica como a mais rara das orquídeas. A ponto de até nos fazer superar momentos cruciais, de superação, de sublimação. Essas belezas que nos eleva por fazermos reconhecer seu valor.O texto que indico conta como, não um, mas três vestidos trouxeram alegria e realização a uma mulher que atravessava uma doença que lhe corroía o corpo mas não sua alma. Pagou caro pelos seus Clodovìs, mas pagou pela arte de um grande costureiro para realizar-se. Talvez um Clodovil simboliza-se alegria, felicidade e beleza na sua concepção de perfeição. Talvez como despedida da vida, de todos com os quais convivia. Despedir-se de todos com alegria, felicidade e de Clodovìs. E vestindo um Clodovil da cor do céu partiu para ele, cumprindo sua vontade e deixando saudades.
E assim esta escrito em Os Três Vestidos...E Que Vestidos.





Danian.