CLODOVIL, OS TONS GRAVES DE SUA PREFERÊNCIA.

Clodovil tinha a sua preferência por tons vocais mais graves, preferia o aveludado do grave à estridência do agudo. E nesse sentido, Clodovil foi antagônico a Dener, cujo a preferência variava entre o grave e o agudo. No canto lírico, Dener se afirmava sendo um Callista



NOS TONS GRAVES DE RENATA TEBALDI.






No canto lírico havia uma rivalidade entre duas grandes divas, Maria Callas e Renata Tebaldi. Maria Callas, soprano, de voz com predominância para o agudo, Renata Tebaldi, contralto, de predominância para o grave. Quase um antagonismo total. Ambas dividiam platéias, gerando assim uma competição que nos faz lembrar da que existia entre as cantoras Marlene e Emilinha Borba. Aqueles que tomavam partido de Maria Callas eram chamados de callistas, e os que tomavam partido de Renata Tebaldi de tebaldistas. Como Clodovil e Dener foram rivais na moda, continuaram rivais na preferência entre as duas. Dener se apresentava como callista enquanto Clodovil de tebaldista, na escolha de cada um entre as duas grandes divas. Entretanto no caso de Clodovil, o fato dele ser um tebaldista era pela sua preferência por tons mais graves, mais aveludados, e não para se contrapor a Dener.




NOS TONS GRAVES DE MORGANA KING.






No ano de 1978, Clodovil mencionou Morgana King como uma de suas cantoras prediletas. Com sua voz densa e timbre Jazzístico, Morgana King era uma das vozes graves que Clodovil ouvia naquela época.




NOS TONS DO AGRESTE, GRAVE E SECO DE MARIA BETHÂNIA.






No ano de 1970, Clodovil respondendo a Flávio Rangel sobre qual nota de elegância ele daria a diversas personalidades, deu 100 para Maria Bethânia. E completou dizendo que não tinha nem nota para dar a Maria Bethânia, tinha uma verdadeira paixão por ela e reafirmou a sua nota, 100. O tom grave prevaleceu novamente entre as suas preferências. Clodovil fez um guarda roupa para Maria Bethânia se apresentar em Cannes no MIDEM, no início de 1972. Fato de que se orgulhava.





Danian.