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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Olha a cabeleira do Clodô...será que ele é....Será que ele é...



"OLHA A CABELEIRA DO ZEZÉ"
No ano de 1964 foi lançado a marchinha:
"Cabeleira do Zeze" que se tornou um dos 
maiores sucessos de todos os carnavais.
 O seu sucesso e a sua relevância cultural
 levou-a a ser reconhecida como Patrimônio 
Histórico da Humanidade pela UNESCO.
 Dizem que essa marchinha carnavalesca,
 com posta por João Roberto Kelly e Robe-
to Faissal, foi uma gozação para com um
 garçom de apelido "Zeze" do bar São Jor-
ge em Copacabana, Rio de Janeiro. O gar-
çom usava os seus cabelos um pouco mais
longos para os padrões da época. O tal gar-
çom flertou com a namorada do composi-
tor João Roberto Kelly, que não gostou
e junto com o Roberto Faissal se vingou
 com a insinuosa marchinha a razão de sua
 cabeleira. Coincidentemente um outro fa-
to, relativo a extensão capilar, ocorreu na
 quele mesmo ano.O que poderia ter dado
 a origem à inspiração dessa marchinha,
e assim poderia ter-se chamado...
"OLHA A CABELEIRA DO CLODÔ..."
Porém, naquele mesmo ano de 1964, mais
 precisamente na cidade de São Paulo, um
 jovem costureiro, que era a coqueluche do 
momento na moda, foi notícia por conta 
de sua vasta cabeleira. Trata-se do nosso
Clodovil Hernandes, ainda bem jovem, a 
causar sensação e notícia por conta de sua 
corajosa e autêntica personalidade. Em 
tempos de um Brasil de um regime militar
 recém implantado, época de moral e cos-
tumes rígidos, Clodovil começou a rom-
per com uma linha que determinava a 
masculinidade e feminilidade. E a rompe
 a partir do comprimento de seu cabelos, 
pois cabelos mais compridos e volumo-
os eram femininos e nunca adotados
pelos homens. Porém a sua cabeleira
 trouxe-lhe problemas e foi notícia na
 época:
Como toda a notícia, ela foi contada de di-
ferentes formas por diferentes e conceitu-
ados colunistas da época. Na nota abaixo,
 Clodovil, levou a melhor, teve os seus di-
reitos respeitados pela sua argumentação 
e inflexibilidade do que lhe era de direito

 Porém , o Lalau, o Stanislaw Ponte Preta, 
através de seu comentário sobre o epi-
sódio, mostra-nos que ele não considera-
va o comportamento de Clodovil como 
uma de suas certinhas.



                                 


De colunista em colunista o assunto foi
 comentado. Clodovil era notícia e como
notícia tinha a sua integridade adulterada.


Jacinto Thormes, o colunista das Terezas 
e Dolores, importante colunista social
 da época, registrou assim a ocorrência,
 evidenciando a importância social de
 Clodovil. Frequentando a mesma coluna 
em que nomes como o de Carmen Mayrink
Veiga era constantemente citado.


Portanto o que poderia ter sido não foi,
 mas bem que poderia ter sido. E como...

"TENHAM UM FELIZ ..."


DANIAN DARE




5 comentários:

Claudia disse...

Danian, querido: Este Porst tem bom humor...mas ao mesmo tempo me leva a pensar o que faz o preconceito!!!
O tempo vai passando, a marchinha continua e a sociedade intolerante
também!
Mas é Carnaval, momento de animação, fantasia, discontração...
Beijos prá você,
Claudia

Danian Dare disse...

Sim, querida Cláudia, a sociedade é a mesma, intolerante e sem solidariedade. Pena, a humanidade deveria fazer da vida uma festa de alegria e confraternização.

Jonathan Pereira disse...

Boa Tarde Danian,

Primeiro, parabenizá-la pela criação e manutenção do blog, e consequentemente, a manutenção da memória do Clo.

Aproveito também para convidá-la a visitar nosso site, especialmente a homenagem que fizemos ao eterno e inesquecível Clodovil Hernandes.

http://oteatrodavida.blogspot.com.br/2013/02/clodovil-para-que-ser-coerente-se-vida.html

Sinta-se a vontade para navegar pelo blog e deixar sua impressão, tanto do blog como da homenagem!

Abraços,

Jonathan Pereira

As Tertulías disse...

Ai que delícia!!!! Realmente me deliciei lendo... que escrito "pra cima", gostoso, bem-humorado!!!!!!

Danian Dare disse...

Há de se ter um certo humor nessa vida, caro Ricardo.O tema dessa postagem inspira esse humor e essa alegria de um brincar de carnaval.